Thursday, June 03, 2010

Posição da AMQL face ao Cenário em experimentação pela EMEL: Parquímetros Sem bolsa de Residentes

O conteúdo do presente post, que esclarece a posição da Associação de Moradores da Quinta da Luz face ao cenário que presentemente se encontra em experimentação na Rua Adelaide Cabete e na Rua Ana de Castro Osório - Parquímetros das 8h00-20h00 SEM Bolsa de Residentes após as 20h00 e aos fins-de-semana - foi enviado por e-mail pela Associação de Moradores da Quinta da Luz no dia 21 de Maio de 2010 (às 4:31) para a administração da EMEL e para o Presidente Paulo Quaresma com conhecimento de diversos técnicos e associados que acompanham o processo.

Exmo(a)s. Senhore(a)s,

A Associação de Moradores da Quinta da Luz congratula-se com a crescente adopção por parte das instituições de uma abordagem consultiva e de concertação no processo de gestão urbanística de Lisboa. Enquanto entidade da Sociedade Civil estimulámos ao longo da nossa história, em vários momentos e contextos, a cultura participativa na relação e desempenho institucionais, sempre sustentando que a base deste paradigma deve assentar na informação, diálogo, responsabilidade e transparência entre os intervenientes, em nome do interesse público.

Foi com este espírito que entrámos no presente processo participativo relativamente ao novo Sistema de Estacionamento na Quinta da Luz. Deste modo, no que diz respeito à reunião de 12 de Maio, na qual a E.M.E.L. decidiu implementar 2 cenários de exploração em 2 períodos experimentais na Rua Adelaide Cabete e na Rua Ana de Castro Osório (a última fruto de uma decisão extra-reunião posterior), gostaríamos de expressar a mais viva preocupação e discordância quanto ao Cenário A (Eixos de Rotação pagos, i.e., parquímetros, entre as 8h00 e as 20h00 sem Bolsa Reservada a Residentes no restante horário), e salientar os seguintes aspectos:

1. Ao ser criada, no Cenário A, uma área livre de estacionamento a partir das 20h00 e durante os fins-de-semana no meio de uma extensa área de bolsas de residentes, a referida área livre de estacionamento tornar-se-á num destino apetecível e generalizado de todos aqueles que não têm dístico de morador (visitantes, familiares e fluxos de clientes e funcionários do C.C. Colombo e dos adeptos do futebol, etc.) atrofiando a possibilidade de estacionamento ao residente;

2. O período de teste do Cenário A irá decorrer na época baixa de procura de estacionamento originando a efectiva possibilidade dos resultados recolhidos no período de experimentação serem sub-representados, ou seja, estimados muito “por baixo” e consequentemente inúteis. Com efeito, o referido período de experimentação corresponde:
a) à partida para férias de uma parte importante de moradores e dos automobilistas clientes e funcionários do C.C. Colombo;
b) ao período "do defeso" que equivale à interrupção dos jogos do campeonato nacional de futebol, jogos europeus, jogos para a taça de Portugal, torneios vários, jogos amigáveis, etc. e aos seus intensos fluxos de adeptos;

3. De acordo com o que foi decidido pela EMEL, e comunicado aos intervenientes na reunião de dia 12, a Rua Ana de Castro Osório não estava incluída na área de experimentação pelo que não pode ser agora alvo de qualquer tipo de teste;

4. Consideramos imprescindível que a Fiscalização seja reforçada das 8h00 às 20h00 e seja alargada para depois das 20h00 e durante os fins-de-semana sendo para isso essencial a efectiva articulação entre a EMEL e a Polícia Municipal;

5. Importa que seja clarificado e divulgado previamente o quadro de critérios de avaliação subjacente ao processo de experimentação;

6. No que respeita à hipótese colocada sobre a emissão de comprovativos que possibilitem o estacionamento a Comerciantes e seus Funcionários, no Parque de Estacionamento da Av. do Colégio Militar, é fundamental estabelecer limites e critérios quantitativos e qualitativos de acesso aos mencionados comprovativos.

Consideramos essencial que todos os intervenientes no processo assumam as suas preocupações e responsabilidades mas recordamos que o actual Sistema de Estacionamento foi introduzido para defender os moradores da pressão abusiva de quem escolhe, pelas mais diversas razões, trazer o automóvel para a cidade perturbando das mais variadas formas a qualidade de vida residencial e ambiental.

Estamos disponíveis para eventuais esclarecimentos.

Com os nossos mais respeitosos cumprimentos

A Direcção

1 Comments:

At 8:27 PM, Anonymous JM said...

Cumprimentando todos.
Ao ler certas opiniões acabo por concluir que estão todos envolvidos numa fuga para a frente, AMQL, JF, EMEL, CML e já agora alguns moradores que partilha desta saga.
Fuga para a frente, sim explico:
1-vejo que os problemas do passado já estão esquecidos e adormecidos para todo o sempre – então o espaço de idosos e crianças?; então os caixotes do lixo?; então a protecção dos muros de talude espalhados pela urbanização?; então a ciclovia, cujos os pormenores, potencialmente mortíferos, são mais do que muitos?; então a protecção do acesso a bombeiros e ambulâncias ao largo dos cafés e campo desportivo?. Agora é a batalha do estacionamento, as outras estão vencidas pelos autores, CML, JF, EMEL,…..
2-Vejamos o caso dos caixotes do lixo, vieram para ficar, alimentar moscas e servir de ponto de referencia de cartões de visita de moradores da Qta. da Luz – …qual é o teu prédio? -…é o do lado esquerdo dos caixotes n2 após a entrada na urbanização! –Entras na urbanização pela rua dos caixotes do lixo ao longo da Av. do Colégio Militar! Salvo o beneficio de ajudar bombeiros ou ambulâncias a localizar algo.
3-resolver o problema do estacionamento, é fácil. Comparável a história do elefante com pulgas, cujo tratador para resolver o problema matou o elefante!
Sim, aqui as pulgas eram os visitantes do Colombo, como é que se fez? Aprovou-se na CML um regulamento anticonstitucional, uma Declaração por consequência ilegal, e toca a multar os proprietários da Qta. da Luz.
Primeiro venderam cartões de estacionamento até com discriminação, para alem de venderem mais de um milhar de cartões para apenas três centenas de lugares.
Segundo até prepararam uma receita anual decretando que a validade do cartão de identificação de proprietário de imóvel e de móvel na Qta. da Luz fosse válido por um ano.
Afinal os cidadãos proprietários não têm as suas obrigações todas cumpridas? Os impostos dos automóveis, os impostos dos imóveis, contribuições e taxas ou outros não estão todos cumpridos!? E aliás, iguais a todos os outros cidadãos por essas urbanizações do País. Seja através dos combustíveis, seja através de impostos directos ou indirectos. Afinal porquê que os da Qta. da Luz tem que pagar cartões? Porquê os da Qta. da Luz tem que viver com os caixotes do lixo como ilhas de flores a ornamentar a urbanização?
Tudo isto será porque os da Qta. da Luz são os que mais impostos pagam por densidade populacional, hab/Km2!?
Esqueceram-se os chamados zeladores, a quem o povo paga chorudos vencimentos, que os proprietários na Qta. da Luz começaram muito cedo a investir em estacionamento para viaturas? Vejamos, nos edifícios ditos do projecto da SOGEL investiram várias dezenas de milhões de euros para estacionarem fora da via pública algumas centenas de carros (mas nunca pagaram menos impostos do que quaisquer outros!). Vejamos nos edifícios ditos do projecto do AMADEU GAUDÊNCIO, investiram cerca de 5 milhões de euros para construir silos e estacionarem cerca de 350 carros (e nunca pagaram menos impostos dos seus móveis ou imóveis!).
E é neste cenário que assistimos diariamente a “catarem” cartões, multas e parqueamentos na Qta. da Luz.
Será que os cidadãos da Qta. da Luz não conhecem tribunais que pratiquem justiça e que saibam analisar todas estas queixas que estão surgindo no meio de todos nós, na rua, no café, no comércio do bairro, nas esquinas de convívio de vizinhos que adoptaram esta Qta. como a sua terra e onde nasceram já duas gerações de cidadãos!?
Tudo o exposto é a minha opinião, e não desrespeitando outra melhor.
Os melhores cumprimentos a todos. JM

 

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