Cenário "Parquímetros sem Bolsa de Residentes" experimentado em plena época baixa

Conforme informação avançada a 12 de Maio sobre a reunião tida com a E.M.E.L., Junta de Freguesia de Carnide e Comerciantes, irá ter início um período de experimentação no qual será testado um conjunto de regras específicas para a Rua Adelaide Cabete e Rua Ana de Castro Osório (refira-se que na mencionada reunião a R. Ana de Castro Osório não fora incluída na área de experimentação pelo que é inconcebível o teste), ou seja, a implementação de parquímetros das 8h00 às 20h00 aos dias de semana sem bolsa para os residentes a partir das 20h00 e fins-de-semana. Quanto às restantes ruas do bairro, estas conservarão as suas bolsas de residentes.

Reservando para já a minha opinião pessoal sobre este cenário e depositando expectativas na transparência e integridade do processo de concertação institucional e de avaliação, gostaria de chamar a atenção para a efectiva possibilidade dos resultados recolhidos nesta etapa de teste serem subrepresentados, ou seja, estimados muito “por baixo” e consequentemente inúteis.

Recordo que o período de teste terá início no dia 24 de Maio sendo retomadas as reuniões de concertação em Setembro. Ou seja, o teste acontece no período sazonal em que a procura de estacionamento decresce significativamente, devido:
a) à partida para férias de uma parte importante de moradores e dos automobilistas clientes e funcionários do C.C. Colombo;
b) ao período "do defeso" que equivale à interrupção nos jogos do campeonato nacional de futebol, jogos europeus, jogos para a taça de Portugal, torneios vários, jogos amigáveis, etc.

Julgo que o processo de avaliação que irá decorrer poderá ser significativamente marcado pela especificidade sazonal conferindo aos resultados um total irrealismo face à intensidade do fenómeno vivido durante o resto do ano.



Deixo uma arrepiante imagem ilustrativa do que é a pressão da procura de lugares de estacionamento em dias de jogo, neste caso, na área envolvente a um edíficio Sogel na Rua Ana de Castro Osório. De realçar o tremendo risco que os moradores deste edifício correm em caso de emergência. Situações deste género não serão identificadas no teste, ou serão?