do Debate sobre as Ciclovias
A sequência de vídeos exibida no nosso blogue, com o título "Informar, experimentar e debater" teve como principal objectivo abrir um espaço de reflexão e participação sobre o tema das ciclovias, muito actual na nossa área de residência.
Recebemos algumas mensagens no email da AMQL, e muito poucos comentários no blogue, apesar de esperarmos mais participação, a julgar pelo visibilidade que o tema mereceu no "media" local. Assim, da participação que recebemos foi possível apurar que:
- Os moradores esperam das entidades que os governam e gerem uma atitude mais consultiva no que respeita a alterações efectuadas no seu espaço envolvente. A AMQL foi aliás a primeira entidade que publicamente o anunciou;
- Ainda que aguardando o final das obras para se perceber o seu verdadeiro impacto, uma parte significativa dos moradores manifesta uma séria apreensão quanto ao estreitamento do troço da Av. do Colégio Militar para duas faixas e o consequente risco (nas horas de ponta), de ter de aguardar mais tempo para entrar nesta Avenida ou virar da Avenida para dentro da Quinta da Luz;
- Outro grupo de opiniões, por seu lado, revelou o seu contentamento pelo facto do traçado das Ciclovias integrar a sua área residencial. Este grupo de opiniões manifesta-se contra dominância do carro em todas as opções da gestão urbana e associa-a a um egoísmo anti-cívico crónico que condena Lisboa a um modelo de cidade monótono, endémico e sem futuro;
Obviamente que, não sendo as duas últimas posições necessariamente estanques, determinados factores ganham mais peso que outros na formulação das opiniões dependendo de circunstâncias individuais e subjectivas.
Desde há muito tempo que é filosofia desta associação a de prontamente operacionalizar soluções em vez de ficar passivamente a aguardar pela irreversibilidade dos contextos. Pelo lado da AMQL, todas as medidas foram tomadas para manifestar a nossa posição institucional. Fica-nos, no entanto, a impressão de que para serem consequentes, medidas preventivas atempadas poderiam ter sido tomadas por outros níveis do nosso poder administrativo.
Enfim, lições para um futuro que confiamos ser mais responsável e mais cidadão.
4 Comments:
Moro no bairro e tenho seguido 'por alto' o assunto da cliclovia.
Não sendo utilizadora diária do carro na Av. Colégio Militar, não tenho grande noção do problema do trânsito que a ciclovia causa, e por isso não me pronuncio muito contra a ciclovia.
No entanto acho uma excelente ideia dar a possibilidade de andar de bicicleta a quem gosta (e tem tempo) de o fazer.
Acho que em vez de lutar contra a ciclovia, que pelos vistos vai em frente, devemos aceitar este novo equipamento, que afinal, até poderá vir a ser uma mais valia para que os nossos filhos ganhem bons hábitos.
Já agora, gostaria de sugerir à AMQL que explorasse um pouco a questão do estacionamento que foi recentemente concessionado à EMEL e que deverá entrar em funionamento dentro de pouco tempo.
Acho que era importante sabermos como vai funcionar, já que a brochura deixada na nossa caixa do correio não explica muitos detalhes: como funcionam os 'cartões de residente', quantos podem haver por residencia (um por carro ou x por casa?), onde é que as pessoas que nos visitam deixam o carro, o que acontece fora da hora de cencessão, como por exemplo aos fins-de-semana, que é a altura que os visitantes Colombo mais carregam no estacionamento, etc).
Continuem com o bom trabalho que é informar, experimentar, debater. Faz falta no nosso bairro.
Ana
Obrigado, Ana.
A sua participação é um exemplo de como a Cidade é um espaço de vivências e apropriações diferenciadas.
Sobre a AMQL e o tema das ciclovias, a associação manteve uma posição bastante convicta em relação a alterações urbanísticas importantes que se efectuam sem a prática consultiva. Por outro lado, temos demonstrado a nossa apreensão quanto à maior dificuldade de entrada e saída dos veículos do bairro. Foi este o quadro com que, numa reunião, confrontámos o Vereador Sá Fernandes que, atento à situação, visitou connosco o bairro e o troço da ciclovia em Carnide.
No entanto, tenho de lhe dizer que estamos a aguardar o final da obra (não existindo actualmente outra solução) para tirar as devidas conclusões. Uma coisa de facto é verdade, enquanto peão que caminha pela Avenida do Colégio Militar, sinto a presença do automóvel gradualmente distante e secundária. Quando plantarem as árvores estou em crêr que uma atmosfera única pode emergir. A ver vamos.
Tem toda a razão quanto ao novo modelo de Estacionamento. Ainda não “postámos” qualquer notícia por manifesta falta de tempo. Mas digo-lhe, desde já, que o novo sistema de estacionamento merece a nossa maior atenção pois de uma forma inovadora e concertada com a população e entidades locais a Câmara tentou resolver o problema de estacionamento dos residentes face à invasão dos funcionários, clientes do Colombo e aos fluxos bem nossos conhecidos gerados pelo SLB/Interface Colégio Militar/Hospital da Luz, etc.
Tentaremos ser céleres em relação ao próximo Post.
Continue a reagir aos acontecimentos e a escrever… uma vez mais obrigado.
Sou habitante na Quinta da Luz e já reparei que, mesmo com as obras em curso e já com a redução das faixas, não se tem visto dificuldade em entrar ou sair do Bairro.
Concordo plenamente com esta mudança. Não podemos é ficar estaticos: o que depois se considerar dever alterar deve alterar-se. Não podemos é ter ideias fixas e querer que tudo continue na mesma.
Agora podemos andar na Avenida com mais segurança, sem tanta agressão sonora, mais longe do movimento dos automóveis e com a possibilidade de andar de bicicleta em segurança.
sim ou não às ciclovias?
Gosto de ver a faixa laranja e de ver nela os ciclistas que assim podem andar pela cidade com muito mais segurnça. Estes devido às suas características estão mais perto dos peões, não nos poluem, mas cuidado, a ciclovia é para eles e não para os peões.
Uma bicicleta tb pode atropelar...
Mas, não há dúvida, o piso é agradável para andar.
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